segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Fotografia, uma pequena lembrança




Quem me conhece, sabe que eu amo fotografia. Ainda mais quando estou feliz, tiro foto de tudo e de todos. Quer a pessoa queira ou não, gosto de tirar foto como uma lembrança minha. Seja uma pessoa, uma casa, um animal ou simplesmente a paisagem.

Sim... para mim, são lembranças preciosas. E adotei esta filosofia a mais ou menos 10 anos. Quando me dei conta que só tinha fotos da minha infância e quase nenhuma da minha adolescência e nem dos meus amigos da época. Eloy, que me ensinou a jogar truco, Anne, minha primeira paixão, Karen, uma das integrantes das gêmulas divertidíssima com quem tanto briguei e me diverti com ela, Flávio e os estudos e trabalhos na casa dele, Márcia, Helena, Fernanda, Agnelo e tantos outros nomes que já esqueci e aos poucos não vou mais lembrando de seus rostos e momentos que passamos juntos. Assim como lembranças de amigos que já se foram, como da Lígia, com quem eu tinha tantos planos de cosplay e festa (oktober), ou da Jasmine, que eu odiava quando ela vinha pular no meu pescoço e hoje sinto falta da alegria contagiante dela e dela pulando no meu pescoço.

Afinal a idade chega para todos e aos poucos vamos esquecendo. Por isso, as fotos para mim são tão importantes e desde 2003, passei a registrar tudo o que eu podia em foto, com anotações e comentários, para ir me lembrando dos bons e maus momentos que já passei na vida. Para matar saudades das pessoas e dos lugares, ter aquele momento guardado e preservado.

A razão desta postagem de hoje, como diziam alguns amigos meus (e outros nem tão amigos assim), que eu iria morrer do coração, quando quebra-se a minha câmera. Bem... ela não quebrou, mas a perdi na volta da festa de ano novo chinês do templo budista. O Templo Zu Lai. Já liguei lá, para ver se achavam e agradeço os monges pela ajuda, mas não tenho mais esperanças de encontra-las (já que tinham muitos turistas no templo, para comemorar o ano novo). Alias, FELIZ ANO NOVO!!! Começou agora dia 3 de Fevereiro o ano do Coelho.
Posso dizer que foi a melhor festa de ano novo chinês, que eu já participei, encontrei muita gente que eu não via a mais de um ano, (considerando que eu não ia no templo a mais de um ano e meio), dancei muito (dança do coelhinho, para dá as boas vindas ao novo ano), comi muita comida chinesa, fiz as devidas oferendas, agradecendo as graças e sucessos de 2010 (ano do tigre) e pedindo proteção e ajuda para o novo ano que começa.



Agradeço aos velhos amigos Thais e Loira por terem ido (mesmo não tendo combinado nada) e as novas amizades que fiz no templo, Leo, Rafael e Mayara, cuja a companhia de todos eles, permitiram passar momentos ótimos e divertidos durante a festa.
Adoro o templo zu lai, pela serenidade e tranquilidade, que permite que eu esqueça dos meus problemas e limpe minha alma (se bem que com a festa, a única coisa que não fiz foi ficar parado descansando), mas ao menos estou mais tranquilo.
Mesmo com a perda da minha câmera e de todas as fotos que tirei na festa (com as filmagens da dança do leão, dança do dragão e dança do coelho), mas a perda maior, são as lembranças que eu tinha com aquela câmera. Mais de 5 anos, que eu estava com ela, para cima e para baixo. Tirando fotos amigos, conhecidos, pessoas que depois descobrir que não valiam a pena nem ter conhecido (desde malas sem alça e com rodinha quebrada a fracassados que até hoje não fizeram nada na vida), de festas (casamentos, ano novo, aniversários), viagens (Rio, Minas, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Chile, Argentina), momentos de alegria e de tristeza, momentos que registrei e guardo até hoje que foram tiradas com esta câmera, que hoje não está mais aqui comigo. Sei que estava pensando em comprar outra, para minha viagem à Europa e como um dos ensinamentos budistas é não se apegar a bens materiais, mas ainda assim, fica as saudades dos momentos que estive com esta câmera. Provavelmente eu ia ficar enrolando para só comprar outra câmera em cima da hora ou ia com ela mesma para Europa. Mesmo ela toda arranhada, com o nome do modelo apagado, já tendo falhas para gravação e outros problemas, ainda assim, foi minha companheira por muitos anos e muitos momentos.
Então me despeço dela aqui.

As fotos, peguei em sites sobre o templo e a foto do pessoal na frente da fonte, peguei com o Loira.


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